O grupo internacional de imunizações Gavi informou na terça-feira (27) que fechou mais de 50 acordos para financiar a produção de vacinas infantis em 37 países em desenvolvimento.
A Aliança Global para Vacinas e Imunizações (Gavi), com sede em Genebra, afirmou que os acordos --que ajudarão a fornecer vacinas contra o rotavírus e pneumonia, entre outras, para crianças de até 5 anos-- são um grande passo na luta contra as duas principais causas de morte infantil: diarreia e pneumonia.
As vacinas contra o rotavírus, produzidas por empresas como GlaxoSmithKline, Merck e Sanofi-Aventis, fazem parte do calendário de vacinas infantis em muitos países mais ricos. Estudos recentes dos EUA, da Austrália, de El Salvador e do México mostraram quedas no número de crianças ficando doentes em decorrência do vírus.
Em 2009, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que todos os países deveriam incluir a vacina contra o rotavírus em seus programas de vacinação nacional. Muitos países mais pobres, porém têm dificuldade para adquiri-la.
A Gavi afirmou que a distribuição de vacinas para o rotavírus na África já começou no Sudão. Os acordos de terça-feira indicam que haverá financiamento disponível para que essas vacinas sejam levadas a crianças em mais 12 países africanos.
A Gavi disse que também acertou o financiamento para que outros 18 países --12 deles situados na África-- introduzam vacinas do pneumococco e outros países adotem outros tipos de imunizações, incluindo para meningite, sarampo e vacinas pentavalentes.
O rotavírus é a principal causa de diarreia grave em crianças abaixo de 5 anos, matando mais de 500 mil meninos e meninas anualmente em todo o mundo e provocando doença em outros milhões. Quase 50% de todas as mortes causadas por rotavírus ocorrem na África.
A doença pneumocócica causa pneumonia, meningite e sepse. Além disso, mata mais de 500 mil crianças por ano no mundo, a grande maioria delas na África e na Ásia.
"Essas novas vacinas evitarão que milhões de crianças morram de pneumonia e diarreia", disse Anthony Lake, diretor-executivo do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Fonte Folhaonline
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