Medida atende em cheio as expectativas da população, mas é indicativo do descompasso entre a expansão dos planos de saúde, do número de pessoas beneficiadas com rede de assistência
Depois do crescimento desordenado, torniquete. A estratégia do governo de
suspender a venda de operadoras com falhas de atendimento revela o esforço de
tentar evitar que um dos maiores atrativos de planos de saúde - a reduzida
espera - fosse por água abaixo.
A medida atende em cheio as expectativas da população, mas é indicativo de um
problema anterior: o descompasso entre a expansão dos planos de saúde, do número
de pessoas beneficiadas, com a rede de assistência. Há no País 1.006 operadoras médico-hospitalares em atividade, com cobertura para cerca de 48
milhões de pessoas. Todos em busca de atendimento de qualidade.
A longa fila para exames, consultas e internações, no entanto, é um bom
indicativo de que a estrutura existente para atendimento era menor do que a
demanda.
Na definição do próprio presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar,
Maurício Ceschin, a suspensão determinada pela agência representa um "freio de
arrumação". Um "tempo" para que empresas consigam atender num prazo razoável um
cliente. A tabela foi feita a partir de contribuições das próprias operadoras.
Para uma consulta com especialista, por exemplo, duas semanas e para um
procedimento de alta complexidade, 21 dias.
A julgar pelo alto número de operadoras que figuram por duas vezes
consecutivas na lista da suspensão, uma tarefa que vai exigir bem mais do que
uma simples acomodação ou arremedo. A fiscalização do cumprimento dos prazos
depende das reclamações feitas por usuários.
Fonte Estadão
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