O sistema ajuda a definir o papéis de aeroportos e companhias aéreas na transmissão de doenças em longas distâncias
O Transportation Research Board, órgão do Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA, encomendou à Universidade da Flórida em Gainesville a criação de uma ferramenta baseada na Web para ajudar a definir melhor os papéis que aeroportos e companhias aéreas desempenham na transmissão de doenças através de grandes distâncias.
De acordo com o estudo, com centenas de milhões de passageiros em rota de áreas de alto risco, as autoridades de saúde não têm conseguido identificar a origem e causa de surtos internacionais.
Para tentar minimizar esta "ineficiência" dos sistemas internacionais de saúde, os pesquisadores usaram dados de tráfego dos aviões (vôos regulares em toda a rede global e a capacidade de cada aeronave), mapas de risco de doenças e dados sobre o clima, para chegar aos índices de risco de transmissão de doenças por linhas aéreas (VBD-AIR).
O primeiro passo ao usar a ferramenta VBD-AIR é a entrada do nome do aeroporto a ser investigado, o mês em questão e a doença a ser rastreada (opções atuais são todas transmitidas por mosquitos e incluem dengue, malária, febre amarela e chikungunya).
A ferramenta também permite que os pesquisadores especifiquem se estão investigando vôos diretos ou one-stop em aeroportos localizados em áreas endêmicas. O resultado é uma rede de linhas que representam os vôos entre o aeroporto de destino e aeroportos em áreas propensas à disceminação de doenças. Estes pontos de origem são codificados por cores para indicar o índice de risco.
"Se um passageiro chega a um aeroporto necessitando de assistência médica ou acaba atendido em hospital próximo, os funcionários da companhia aérea precisam ser capazes de avaliar a situação rapidamente," diz Andrew Tatem, professor da University of Florida's Emerging Pathogens Institute and the school's Department of Geography.
"O banco de dados VBD-AIR pode ajudar a priorizar os passageiros que devam ser rastreados com mais cuidado ao chegarem aos aeroportos, com base em seu risco de exposição e propagação da doença. Os resultados também funcionam como uma forma de prevenção, alertando os passageiros a evitarem certas áreas," completa Tatem.
As próximas atualizações da ferramenta serão capazes de mensurar outros fatores como medidas de controle do mosquito em um determinado ponto de partida ou, mesmo, se os passageiros estão tomando medicação como drogas antimaláricas no aeroporto que está sendo pesquisado.
Outra expansão prevista é com relação ao aumento da variedade de doenças a serem rastreadas, com inclusão da leishmaniose, febre do vale do Rift e doença de Chagas.
Fonte isaude.net
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