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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Reconstrução mamária preocupa quase 90% das mulheres com câncer

Segundo pesquisa americana, apenas três em cada 10 pacientes recebem orientações do médico sobre opções de cirurgia plástica
 
Pesquisa recente da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos mostra que 89% das mulheres querem ver os resultados da reconstrução mamária antes de tratar o câncer de mama.
 
Apesar dessa preocupação, poucas pacientes são orientadas pelos seus médicos sobre as alternativas de reconstrução mamária. Apenas três em cada 10 mulheres recebem essas informações. " Como existem muitas formas de reconstruir a mama, é preciso discuti-las com a paciente para que a decisão seja tomada em conjunto, considerando todos os prós e contras" , recomenda o médico Felipe Coutinho, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Regional São Paulo).
 
A pesquisa americana mostra que apenas 23% das mulheres sabem quais são as principais opções para reconstruir a mama. As próteses de silicone podem ser utilizadas diretamente quando existe uma boa quantidade de tecido entre a prótese e a pele e quando o complexo areolopapilar (aréola e mamilo) é preservado na cirurgia. Contudo, se a retirada da pele for grande durante a extração do câncer, o implante da prótese pode não ser viável.
 
Em alguns casos, ainda é possível expandir o que sobrou da pele para depois colocar uma prótese convencional. Essa expansão é feita com uma prótese especial, chamada de expansora, que permite ao médico preenche-la gradualmente com soro para expandir a pele da região. " Esse procedimento tem a vantagem de não requerer cirurgia em outra região do corpo, pois não precisa de área doadora" , destaca Coutinho.

Reconstrução
Caso isso seja inviável, é preciso usar tecido de outras partes do corpo para reconstruir a mama. Pele, gordura e músculos podem ser retirados do abdome e das costas da paciente, especialmente se ela tiver reservas de gordura nessas regiões.
 
Segundo o médico, o resultado não é perfeito. As mamas podem nunca recuperar a sensibilidade que tinham antes da cirurgia, assim como a região doadora dos tecidos. Região, aliás, que terá para sempre uma cicatriz, assim como também haverá marcas nos seios. Na maioria dos casos, o tumor está presente em apenas uma das mamas, implicando em cirurgia em apenas uma mama. Contudo, os cirurgiões plásticos recomendam considerar submeter as duas mamas a cirurgias para manter a simetria entre elas.
 
O procedimento, entretanto, não é o mesmo. A mama saudável pode passar por processo de redução ou de aumento para resgatar a simetria. É importante lembrar que a cirurgia plástica não é uma ciência exata, o resultado pode não ser exatamente o esperado e, às vezes, pode ser preciso fazer mais de uma cirurgia.
 
" O ideal é reconstruir a mama com cirurgia plástica no mesmo momento da mastectomia. É o que chamamos de reconstrução imediata da mama. Assim, a paciente é poupada de acordar da cirurgia sem uma parte tão especial de seu corpo" , afirma Coutinho. Contudo, nem sempre isso é possível e a reconstrução mamária fica para um segundo tempo, alguns meses ou até mesmo anos após a mastectomia.
 
Ainda de acordo com o médico, é importante destacar que na maioria das vezes a cirurgia de reconstrução das mamas já pode acontecer no mesmo dia da cirurgia da retirada do câncer, e que quanto mais precoce o diagnóstico melhor será o resultado do tratamento.

 
Fonte isaude.net

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