Segundo pesquisa americana, apenas três em cada 10 pacientes recebem orientações do médico sobre opções de cirurgia plástica
Pesquisa recente da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos mostra que 89% das mulheres querem ver os resultados da reconstrução mamária antes de tratar o câncer de mama.
Apesar dessa preocupação, poucas pacientes são orientadas pelos seus médicos sobre as alternativas de reconstrução mamária. Apenas três em cada 10 mulheres recebem essas informações. " Como existem muitas formas de reconstruir a mama, é preciso discuti-las com a paciente para que a decisão seja tomada em conjunto, considerando todos os prós e contras" , recomenda o médico Felipe Coutinho, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Regional São Paulo).
A pesquisa americana mostra que apenas 23% das mulheres sabem quais são as principais opções para reconstruir a mama. As próteses de silicone podem ser utilizadas diretamente quando existe uma boa quantidade de tecido entre a prótese e a pele e quando o complexo areolopapilar (aréola e mamilo) é preservado na cirurgia. Contudo, se a retirada da pele for grande durante a extração do câncer, o implante da prótese pode não ser viável.
Em alguns casos, ainda é possível expandir o que sobrou da pele para depois colocar uma prótese convencional. Essa expansão é feita com uma prótese especial, chamada de expansora, que permite ao médico preenche-la gradualmente com soro para expandir a pele da região. " Esse procedimento tem a vantagem de não requerer cirurgia em outra região do corpo, pois não precisa de área doadora" , destaca Coutinho.
Reconstrução
Caso isso seja inviável, é preciso usar tecido de outras partes do corpo para reconstruir a mama. Pele, gordura e músculos podem ser retirados do abdome e das costas da paciente, especialmente se ela tiver reservas de gordura nessas regiões.
Segundo o médico, o resultado não é perfeito. As mamas podem nunca recuperar a sensibilidade que tinham antes da cirurgia, assim como a região doadora dos tecidos. Região, aliás, que terá para sempre uma cicatriz, assim como também haverá marcas nos seios. Na maioria dos casos, o tumor está presente em apenas uma das mamas, implicando em cirurgia em apenas uma mama. Contudo, os cirurgiões plásticos recomendam considerar submeter as duas mamas a cirurgias para manter a simetria entre elas.
O procedimento, entretanto, não é o mesmo. A mama saudável pode passar por processo de redução ou de aumento para resgatar a simetria. É importante lembrar que a cirurgia plástica não é uma ciência exata, o resultado pode não ser exatamente o esperado e, às vezes, pode ser preciso fazer mais de uma cirurgia.
" O ideal é reconstruir a mama com cirurgia plástica no mesmo momento da mastectomia. É o que chamamos de reconstrução imediata da mama. Assim, a paciente é poupada de acordar da cirurgia sem uma parte tão especial de seu corpo" , afirma Coutinho. Contudo, nem sempre isso é possível e a reconstrução mamária fica para um segundo tempo, alguns meses ou até mesmo anos após a mastectomia.
Ainda de acordo com o médico, é importante destacar que na maioria das vezes a cirurgia de reconstrução das mamas já pode acontecer no mesmo dia da cirurgia da retirada do câncer, e que quanto mais precoce o diagnóstico melhor será o resultado do tratamento.
Fonte isaude.net
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