A variedade feminina de calvície – chamada alopecia androgenética – é menos comum
do que a masculina, mas pode impactar de forma intensa a autoestima das
mulheres. Ao contrário dos homens, que começam a perder fios na parte frontal da
cabeça, na mulher o problema é difuso e está associado a fatores hereditários e
hormonais e pode se agravar pelo estresse.
Embora quase metade das mulheres apresente algum sintoma da alopecia, apenas
em aproximadamente 5% delas a doença atinge proporções demasiadamente graves
(podendo chegar à calvície completa). Mas o problema existe e é importante que
se dê atenção aos primeiros sinais de sua progressão, para que sejam tomadas
providências o quanto antes, evitando que se agrave.
Perda de cabelos nas mulheres é mais difusa
Na calvície feminina, os cabelos vão diminuindo em força e em número, de
maneira lenta e progressiva. Normalmente as mulheres com esse tipo de condição
não se tornam completamente calvas – mas apresentam falhas em certas regiões do
couro cabeludo –, nem têm as entradas tão características como na calvície dos
homens. Mulheres com alopecia androgenética costumam ver os fios de cabelo da
parte superior da cabeça ficar finos e rarefeitos e demoram para serem repostos
pelo organismo (crescem mais vagarosamente).
Abaixo, Silvia Nahas, dermatologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo,
responde a algumas questões sobre o tema.
O que é alopecia androgenética ou calvície feminina?
A alopecia androgenética na mulher é um quadro geneticamente determinado
com a participação de hormônios andrógenos (masculinos). O mecanismo desta
hereditariedade ainda não está completamente elucidado.
Este tipo de calvície feminina surge após a puberdade, pois este é o
período em que os andrógenos passam a interagir com os folículos dos cabelos
andrógeno-sensíveis, resultando na diminuição e afinamento dos cabelos
progressivamente.
Como é a evolução da calvície feminina?
Os cabelos tornam-se mais finos e há uma rarefação difusa nas regiões
frontais e laterais, sem formar áreas muito definidas de alopecias
(calvície).
O que causar esse tipo de calvície?
Devemos pesquisar distúrbios hormonais, infertilidade, hirsutismo, acne,
obesidade, diabetes, a fim de diagnosticar eventuais doenças associadas, como
síndrome dos ovários policísticos e a chamada síndrome de SAHA (seborreia,
alopecia, hirsutismo e acne, que aparecem combinadamente).
Na maioria das vezes não existe alteração hormonal e não há seborreia. A
associação do perda excessiva de cabelos de forma aguda (chamado de
eflúvio telógeno) e condições como o pós-parto, regimes de
emagrecimento, deficiência de ferro, zinco e proteínas, além de diversos outros
motivos, devem ser sempre considerados como um fator desencadeador e tratados
com a atenção necessária.
Como é o tratamento para a calvície feminina?
A alopecia androgenética na mulher apresenta difícil tratamento e o
diagnóstico precoce é fundamental para o prognóstico do quadro.
O tratamento tópico com o uso de xampus adequados para cada tipo de
cabelo, com associação a loções capilares à base de minoxidil, por exemplo, e
outros princípios ativos ajudam muito na melhora do quadro. O tratamento via
oral deve ser feito com vitaminas (visando ao fortalecimento dos cabelos) e
antiandrógenos. A evolução do quadro depende muito de paciente para paciente.
Mas é bom salientar que quem decide o melhor tratamento é o profissional médico,
que vai avaliar a condição de forma adequada.
Fonte O que eu tenho
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