Em menos de dez anos, o Brasil chegará a 209 milhões de habitantes e, destes, o equivalente a uma Itália inteira (aproximadamente 60 milhões) estará na Saúde Suplementar. A questão é: como devemos nos preparar para enfrentar os desafios nos sistemas público e complementar?
“O mais importante é entender que Saúde Pública e Suplementar pertencem ao mesmo Sistema Único de Saúde (SUS). A população se cruza de um lado para o outro. A primeira coisa é falar de integração. Além disso, tem a questão do financiamento, o Governo Federal pode escolher priorizar a saúde e investir mais, pois hoje destina-se muito pouco comparado a países como Chile e Argentina, por exemplo”.
Sérgio Côrtes, secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro
“Cada elo não vai conseguir desenvolver individualmente os problemas. Saúde não se reduz a hospitais, planos de saúde, laboratórios, mas inclui promoção, proteção, recuperação da saúde e o envolvimento de todos os profissionais. Cada um tem que fazer sua lição de casa para, depois, discutirem e pensarem juntos nas soluções”.
Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)
“Há uma demanda reprimida absurda, além do aumento dos idosos, e, paralelo a isso, a saúde é a principal preocupação do brasileiro. Eu chamo a atenção para o item financiamento e para a insatisfação dos médicos. É preciso uma carreira de Estado para o setor público em prol da fixação dos médicos em regiões inóspitas e distantes, e um plano de carga, carreira e vencimentos nas grandes metrópoles, para educação continuada e fixação”.
Jorge Curi, vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)
“Há uma imensa pressão de custos sobre o sistema e, por isso, é preciso primeiro discutir como financiar o acesso dos idosos no futuro. Importante também a conscientização sanitária do consumidor. Eles precisam saber que custa caro e, portanto, saber buscar os serviços na hora certa e no lugar certo”.
Márcio Coriolano, presidente da FenaSaúde e Bradesco Saúde
Fonte SaudeWeb
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