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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Bronzeamento artificial aumenta risco de tipos comuns de câncer de pele

Novas evidências associam a prática ao câncer do tipo não melanoma e sugerem que risco é maior quando uso começa antes dos 25 anos
 
Aparelhos de bronzeamento artificial aumentam o risco de câncer de pele do tipo não melanoma, principalmente quando as pessoas começam a usá-lo antes dos 25 anos de idade. É o que revela estudo de pesquisadores da University of California, nos EUA.
 
Apesar do bronzeamento artificial já ter sido ligado à forma mais letal de câncer de pele, o melanoma, o novo estudo afirma que a prática também desencadeia outras formas prejudiciais da doença.
 
Os resultados estimam que a técnica é responsável por mais de 170 mil novos casos por ano de câncer de pele não melanoma, nos Estados Unidos, e muitos mais em todo o mundo.
 
"Os números são impressionantes, milhares de tipos de câncer a cada ano são atribuídos ao bronzeamento artificial. Isso cria uma enorme oportunidade para a prevenção do câncer'', afirma a autora sênior do estudo Eleni Linos.
 
O estudo consistiu em uma revisão de artigos médicos publicados desde 1985, envolvendo cerca de 80 mil pessoas em seis países e com dados que remontam até o ano de 1977.
 
A popularidade do bronzeamento artificial nos EUA começou em 1970, e agora milhões de pessoas anualmente frequentam salões de bronzeamento. O Instituto Nacional do Câncer e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças apontam que em 2010, 5,6% do público americano tinha usado bronzeamento artificial no ano anterior, com taxas mais elevadas entre mulheres, brancos e adultos jovens.
 
Atualmente, existem cerca de 19 mil clínicas de bronzeamento de acordo com levantamento da organização comercial da indústria.
 
Agora, o estudo revela que em busca de tons dourados, muitas pessoas podem se submeter a um maior risco de todos os tipos de câncer de pele.
 
A Organização Mundial de Saúde classifica aparelhos de bronzeamento ultravioleta como cancerígeno "classe 1".
 
A pesquisa recente contribui para a crescente evidência sobre os males do bronzeamento artificial, mostrando elevado risco das formas mais comuns de câncer de pele.
 
"Vários estudos anteriores sugeriram uma ligação entre câncer de pele não melanoma e bronzeamento artificial. Nosso objetivo era sintetizar os dados disponíveis para ser capaz de chegar a uma conclusão firme sobre esta importante questão'', afirma a coautora Mary-Margaret Chren.
 
Os pesquisadores estudaram tanto a exposição nos primeiros anos de vida quanto o uso regular de câmaras de bronzeamento.
 
Aqueles que se expuseram ao bronzeamento artificial tiveram um risco 67% maior de desenvolver carcinoma de células escamosas e um risco 29% maior de desenvolver carcinoma de células basais, em comparação com pessoas que nunca fizeram bronzeamento artificial.
 
Os resultados revelam ainda que o risco de doença é maior entre jovens que frequentam clinicas de bronzeamento antes dos 25 anos de idade.
 
"Espero que nosso estudo apoie as campanhas políticas de saúde pública e limite o uso desses equipamentos cancerígenos nos Estados Unidos", conclui Linos.
 
Fonte isaude.net

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