Exercícios físicos são efetivos para tratar a depressão e ajudar na prevenção de
outros transtornos mentais.
Uma metanálise – revisão de diversas pesquisas anteriores – feita por
pesquisadores canadenses afirma que ser adepto de uma rotina de exercícios
físicos pode ser considerado um tratamento efetivo, mas subestimado, contra os
efeitos da depressão moderada. A pesquisa foi publicada no periódico Professional
Psychology: Research and Practice, e também mostrou evidências
de que a atividade física regular pode auxiliar tratamentos de transtornos como
a esquizofrenia, a dependência química, assim como para alguns tipos de
transtornos de ansiedade, especialmente nas pessoas que sofrem com problemas de
imagem corporal.
O estudo, feito por Gregg Tkachuk e Garry Martin – ambos da Universidade de
Manitoba, no Canadá – revisou artigos sobre os benefícios da prática esportiva
no tratamento de transtornos mentais publicados desde 1981.
Os pesquisadores confirmaram, por exemplo, que exercícios anaeróbicos, como
treinos de musculação, eram tão positivos quanto exercícios aeróbicos no
tratamento da depressão moderada, assim como em alguns episódios mais severos do
transtorno.
Já exercícios leves, como caminhadas, também mostraram algum benefício nesse
tipo de tratamento, porém os pesquisadores indicam a necessidade de mais estudos
para confirmar os dados.
Benefício para transtornos de pânico, dores crônicas e outras
condições
Outras descobertas interessantes, reveladas pela revisão, foram que as
atividades físicas também se mostraram efetivas na na melhora do desempenho de
trabalho de indivíduos com atrasos de desenvolvimento mental.
Em pessoas com transtorno do pânico, também foram observados diversos
resultados positivos, assim como nos indivíduos que sofriam com dores crônicas
moderadas. No caso da esquizofrenia, os pesquisadores também observaram
possíveis benefícios, mas que só poderão ser confirmados pela coleta de novos
dados.
Considerando todos os benefícios observados pela prática rotineira de
exercícios, os pesquisadores observaram ainda que é bastante surpreendente que a
adoção desse hábito como tratamento alternativo, e paralelo aos tratamentos
clínicos, não se tenha tornado prática comum, pois é muito mais efetivo do que
outras terapias alternativas mais populares.
“Esse tipo de hábito deveria ser popularizado entre os profissionais de saúde
mental como alternativas extremamente eficientes para o controle dos transtornos
mentais em paralelo ao tratamento tradicional”, dizem os pesquisadores.
Fonte O que eu tenho
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