Medicamento trabalha ao contrário dos antibióticos tradicionais e não mata bactéria que infecta pacientes hospitalizados
Um novo tipo de antibiótico pode tratar infecções resistentes a medicamentos desarmando a bactéria causadora da doença, ao invés de matá-las, de acordo com pesquisadores do UCLA Medical Center, nos EUA.
A nova classe trabalha de forma diferente de outros tratamentos para impedir que a bactéria Acinetobacter baumannii cause doenças.
Novas drogas são extremamente necessárias para o tratamento de infecções pela Acinetobacter baumannii, patógeno que atinge frequentemente pacientes de hospitais e pessoas imuno-comprometidas com feridas abertas, respirando por tubos ou cateteres.
A bactéria pode causar infecções potencialmente letais da corrente sanguínea. As estirpes de A. baumannii têm adquirido resistência a uma grande variedade de antibióticos, e outras são resistentes a todos os antibióticos aprovados atualmente, tornando-as não tratáveis.
O líder da pesquisa Brad Spellberg e seus colegas descobriram que em ratos de laboratório foi possível eliminar os efeitos potencialmente letais da bactéria, bloqueando um de seus produtos tóxicos, em vez de matá-la.
"Nós descobrimos que as estirpes que causaram as infecções letais rapidamente eliminavam lipopolissacarídeo, ou endotoxina, enquanto cresciam. Quanto mais lipopolissacarídeo liberado, mais virulenta era a cepa. Assim, identificamos um novo alvo para o combate a bactéria resistente, o lipopolissacarídeo" , observa Spellberg.
Os resultados mostraram que bloqueando a síntese da endotoxina com uma pequena molécula chamada LpxC-1 impediu que os camundongos infectados ficassem doentes. Ao contrário dos antibióticos tradicionais, LpxC-1 não mata as bactérias, apenas desliga a produção da endotoxina e impede o organismo de desencadear a resposta inflamatória imune, que pode causar morte em pacientes gravemente doentes.
A equipe acredita que essa é uma direção que poucos pesquisadores levam em conta ao explorar novas maneiras de tratar as infecções, mas que pode fazer a diferença na busca de um medicamento mais eficaz.
Fonte isaude.net
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