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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Medicina da UFRJ em Macaé contrata professores até sem residência

Concursos para uma das principais universidades do País exigem apenas que candidatos tenham graduação

Com dificuldades para contratar docentes com pós-graduação para a faculdade de Medicina em Macaé, a UFRJ lançou concurso para “professor auxiliar” que não exige doutorado, mestrado, pós-graduação nem sequer residência médica.

O edital do concurso exige apenas que o candidato seja formado em Medicina para dar aulas em um dos mais prestigiados cursos do País – a faculdade do Fundão é nota 5, a máxima.

Uma vez admitido, o aprovado passa a ser professor de carreira da UFRJ, podendo ser depois realocados em outra universidade federal.

Os concursos fazem parte do Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público Federal, em junho.

Estão abertas vagas para Cirurgia Geral, Medicina de Família, Medicina Interna (Clínica Geral), Patologia Médica e Pediatria.

Os salários não são tão atraentes: R$ 1.600 por 20 horas semanais. Uma dificuldade é a escassez de profissionais de medicina com qualificação acadêmica mais avançada em Macaé, cidade no norte do Estado do Rio, a cerca de 3 horas de carro da capital. Embora esteja crescendo impulsionada pelo boom do petróleo, o município ainda se ressente de mão-de-obra especializada em diversas áreas.

De acordo com o coordenador do curso, Paulo Eduardo Xavier de Mendonça, na cidade “há talvez três ou quatro médicos com mestrado, três cirurgiões com mestrado e um ou dois com doutorado”. Ele admite a dificuldade em atrair profissionais.

A saída tem sido adotar concursos para professor temporário – por um ano –, que também não exigem mestrado ou doutorado, apenas graduação. Apesar da oportunidade, em algumas especialidades há apenas um ou dois candidatos inscritos por vaga.

Um cartaz pregado em um quadro de avisos na faculdade de Macaé mostra que para uma vaga para professor temporário de “Hematologia Clínica e Biossegurança” houve apenas quatro candidatos, todos considerados aptos após prova escrita.

Como demonstração da falta de especialidade dos candidatos, um concorrente, Eduardo Trindade Barbosa está inscrito em três diferentes vagas (Saúde Coletiva, Cirurgia e Saúde do Adulto).

O MEC exige que 50% do corpo das universidades e faculdades tenha mestrado ou doutorado. Entretanto, na Medicina da UFRJ em Macaé isso ainda é um objetivo.

Fonte Último Segundo

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