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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

População de Marília enfrenta caos na saúde

Depois de quase oito meses da greve dos médicos do serviço municipal de saúde, a situação é de caos nos 33 postos do Programa de Saúde da Família (PSF) de Marília, no interior paulista.

Cerca de 30 mil consultas foram canceladas desde fevereiro, quando 32 dos 37 médicos do PSF cruzaram os braços por melhores salários e condições de trabalho. O atendimento aos pacientes é precário e falta até papel higiênico. "As unidades recebem um pacote de papel higiênico por mês e há dias que o produto está em falta", diz Astrid Jircik, de 31 anos, médica especializada em saúde da família e membro da comissão de negociação.

"As consultas estão prejudicadas. Hipertensos, diabéticos e crianças são os que mais sofrem. Nós fazemos o possível para garantir o atendimento precário", afirma Astrid. Segundo ela, os grevistas trabalham meio período para garantir atendimento.

Ela culpa o governo municipal pelo caos e por não querer acordo. "Eles (a prefeitura) alegam que não têm dinheiro, não têm condições de dar aumento. Se derem para nós, vão ter que dar para todo o funcionalismo." Os médicos recebem RS 7,5 mil, mas querem equiparação salarial com colegas da região que ganham entre R$ 9 mil e R$ 14 mil.

Dos 32 médicos que iniciaram a greve, 1 voltou a trabalhar o período normal, 16 estão cumprindo metade da carga horária e 15 pediram demissão. Para substituir os demissionários, a prefeitura contratou dez profissionais. "É insuficiente. Dentistas e enfermeiros também estão saindo", afirma a médica.

A greve completará oito meses em 7 de outubro, mês em que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas julgará o movimento pela segunda vez.

Procurado pelo Estado, o secretário municipal de Saúde de Marília, Júlio César Zorzetto, afirmou: "Eu estou em Fortaleza, estou de férias, só falo (da greve) na semana que vem".

Fonte Estadão

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