A dor quando nasce é mesmo para todos. Mas o contacto e a amamentação podem reduzi-la
Das cólicas aos muitos exames em que a agulha é protagonista, a dor apresenta-se, sem convite, desde o primeiro dia de vida. E é a ciência que o confirma. Segundo um estudo português, apresentado no congresso da Federação Europeia das Associações para o Estudo da Dor, que decorre em Hamburgo, na Alemanha e onde o Destak esteve presente, 94,8% dos recém-nascidos que dão entrada nas unidades de cuidados intensivos sentem dor.
Apesar de, em cerca de 72% dos casos, essa dor ser apenas ligeira, tratá-la torna-se um desafio. Os medicamentos são poucos e, na maior parte das situações, os profissionais apenas podem contar com métodos não farmacêuticos para acalmar o choro. E um deles, defende o trabalho português, é a amamentação.
«As enfermeiras aplicam medidas não farmacológicas muitas vezes e com sucesso, tais como massagens e várias técnicas para confortar os bebés», explica Luís Batalha, investigador de Coimbra. «Mas mais do que isto, devia ainda ser encorajada a amamentação ou a administração de açúcar, na forma de glucose», acrescenta.
Da Universidade iraniana de Teerão veio a confirmação de que as crianças alimentadas ao peito enquanto são vacinadas contra a difteria, tosse convulsa e tétano revelam respostas menos dolorosas do que aquelas que o fazem deitadas numa marquesa. Por isso, segundo Simin Taavoni, um dos investigadores envolvidos no estudo, «com uma simples intervenção, como a amamentação, médicos e restante pessoal de saúde podem reduzir significativamente a dor».
Calor da mãe ajuda a acalmar o choro
Mais do que o calor do regaço materno, que a experiência confirma ser remédio para muitos males, o contacto pele com pele pode também reduzir a dor dos bebés. Quem o diz é uma equipa de portugueses e canadianos que, ao retirar sangue aos bebés prematuros, verificaram que a reacção à dor era muito menor quando havia contacto dos mais pequenos com a pele materna.
Fonte Destak
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