Levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, 30% dos pacientes operados em decorrência de tumores que afetavam a região da cabeça e pescoço, desenvolveram o câncer em decorrência de infecção pelo papiloma vírus humano (HPV).
O estudo aponta, também, que a grande maioria dos pacientes afetados (70%) é do sexo feminino, com idade entre 40 e 50 anos.
Anualmente, o Icesp recebe cerca de 1.200 novos casos cirúrgicos na especialidade de cabeça e pescoço. Embora os tumores relacionados ao HPV sejam menos agressivos, respondendo bem ao tratamento, eles podem ser evitados com o uso de preservativos nas relações sexuais.
“A grande maioria dos pacientes do Instituto descobre a doença quando ela já está em estágio bastante avançado”, diz o oncologista do Icesp, Marco Aurélio Kulcsar. Ele alerta que a infecção pelo papiloma vírus, quando associada ao tabagismo, aumenta o risco de morte.
Alguns dos sintomas manifestados por esses tipos de câncer podem ser manchas brancas na boca, dor, lesão com sangramento e cicatrização demorada, nódulo no pescoço presente por mais de duas semanas, mudanças na voz ou rouquidão persistente e dificuldade para engolir.
Fonte UOL
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