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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cirurgia de catarata reduz risco de queda dos idosos

Risco de fraturas no quadril pode diminuir em até 28%, diz estudo

Pessoas que realizaram cirurgia de catarata estão menos propensas a sofrer quedas e fraturar os quadris do que pessoas que não foram submetidas ao procedimento, diz um novo estudo. A descoberta foi feita a partir da avaliação de mais de um milhão de idosos com, pelo menos, 65 anos diagnosticados com a doença entre 2002 e 2009. A pesquisa foi conduzida por uma especialista da Jules Stein Eye Institute da University of California, nos Estados Unidos.

A pesquisadora fez a comparação entre 410.809 pacientes que fizeram a cirurgia de remoção da catarata com aqueles que não fizeram a intervenção. Foram levados em conta a idade, a raça, o sexo, o local da residência, o grau da catarata e outras condições físicas limitantes de cada participante. Os dados revelaram que os mais beneficiados com a cirurgia foram os idosos de 80 a 84 anos, que reduziram em 28% o risco de fraturas. Aqueles com doenças crônicas, como diabetes, apresentaram uma probabilidade de 26 a 28% menor de quebrar os quadris. Entre aqueles com catarata em estágio avançado, o risco de fraturas foi 23% menor.

Especialistas já imaginavam que a intervenção cirúrgica pudesse reduzir o risco de quedas dos idosos. Entretanto, nenhum estudo relevante sobre o tema havia sido feito para determinar quão benéfica essa cirurgia poderia ser. A descoberta foi publicada no The Journal of the American Medical Association.

Catarata é um ponto nublado que pode se desenvolver na lente do olho. Conforme evolui, a visão vai ficando cada vez mais embaçada, podendo afetar o equilíbrio e aumentar o risco de queda e fraturas. A doença é o problema de visão mais ligado a ossos quebrados.

Quedas são comuns, mas perigosas na terceira idade
De acordo com o ortopedista Moises Cohen, da Unifesp, estatísticas dizem que cerca de quase um terço dos idosos caem em um período de um ano. Com isso alguns sofrem consequências graves como fraturas, hemorragias, traumas cranianos e até óbito, causado direta ou indiretamente após a queda. Alguns ainda desenvolvem a chamada "Síndrome Pós-queda", quadro clínico caracterizado por um pavor descontrolado de andar novamente.

Após uma queda, muitos idosos ficam com dificuldade para andar. Um fator que pode ter contribuído é a osteoporose, doença que leva a perda de massa óssea. No entanto, a questão deveria ser o motivo desta queda. Por isso, um tratamento multidisciplinar geralmente é necessário para tentar reabilitar esses pacientes.

As causas das quedas dependem de muitos fatores. Elas podem ser decorrentes do uso inadequado de muitos medicamentos, problemas visuais, doença de Parkinson, osteoartrite de joelhos, lombalgia, incontinência urinária, entre outras. Esses são fatores de risco intrínsecos da terceira idade.

Fatores de risco extrínsecos, ou seja, que podem ser modificáveis no ambiente ou nos hábitos são: andar com calçado de salto alto, usar sola escorregadia, caminhar sobre tapetes lisos, iluminação inadequada nos ambientes de transição, chão encerado, escadas sem corrimão, vasos sanitários, camas e cadeiras muito altas ou baixas demais, sedentarismo ou prática de atividades físicas, como a corrida.

Por isso, o idoso e sua família devem ficar atentos às consultas de rotina para preservar sua saúde e proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Fonte Minha Vida

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