Nutricionista alerta para efeitos do cigarro durante aleitamento. Fumo diminui produção e qualidade do leite da mãe
Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, especialistas alertam para os riscos que o tabagismo provoca aos bebês mesmo após a gestação. O consumo de tabaco, como explica a nutricionista e responsável técnica pelo Banco de leite Humano do Hospital Fêmina, em Porto Alegre (RS), Beatriz Strepel, diminui a capacidade nutricional e produtiva do leite materno. "O tabaco reduz o volume de leite produzido e afeta a produção dos nutrientes. Todas as substâncias do tabaco passam por meio do leite materno para o bebê".
Na unidade, doações de mães que fumam mais de dez cigarros por dia não são aceitas. A unidade segue recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para as mães que ainda não largaram o vício, o correto é diminuir a quantidade de cigarros. "Em função do cigarro, muitos bebês nascem prematuros e mesmo que essas mães não sejam doadoras para o banco, elas vão coletar o leite para os seus bebês. Por isso o ideal é reduzir o número de cigarros", conta Beatriz.
Mulheres fumantes tendem a amamentar menos do que as que não fumam. Em razão do vício, por muitas vezes, elas ficam desmotivadas a amamentar e interrompem precocemente o período de amamentação. Para minimizar os efeitos do cigarro na criança, as mulheres que não conseguirem parar de fumar devem ser orientadas a reduzirem o máximo possível o número de cigarros. Se não for possível parar de fumar, o ideal é que a mulher fume depois das mamadas. "Apesar dos riscos que as mulheres fumantes apresentam, o leite materno ainda é a melhor fonte de nutrição para o recém-nascido. Recomendamos é que as mães não fumem em ambientes fechados e nunca na presença do bebê para evitar problemas respiratórios", finaliza a nutricionista.
Fonte isaude.net
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