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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Concussões e impactos na cabeça podem acelerar envelhecimento do cérebro

De acordo com estudo, traumas podem fazer com que as vias de sinalização do órgão se danifiquem mais rapidamente

Concussões e impactos ainda menores na cabeça podem acelerar o processo natural de envelhecimento do cérebro, fazendo com que as vias de sinalização do órgão se danifiquem mais rapidamente do que em alguém que nunca sofreu lesão cerebral ou concussão.

Pesquisadores da University of Michigan School of Kinesiology e do U-M Health System, nos Estados Unidos, observaram estudantes universitários com e sem histórico de concussão e encontraram alterações na marcha, no equilíbrio e na atividade elétrica do cérebro, especificamente na atenção e controle dos impulsos.

As alterações estavam presentes no grupo com histórico de lesão mais de seis anos após a ocorrência da mesma. No entanto, as diferenças entre os grupos de estudo foram sutis e o comportamento dos participantes foi semelhante.

O pesquisador envolvido no projeto Steven Broglio ressalta que os estudos desenham uma hipótese onde contusões e impactos na cabeça aceleraram o processo natural de envelhecimento do cérebro.

"A última coisa que queremos é que as pessoas entrem em pânico. Só porque você teve uma concussão não significa que seu cérebro vai envelhecer mais rapidamente ou você vai ter de Alzheimer", diz Broglio. "Estamos apenas com a proposição de ser atingido na cabeça pode levar a estas outras condições, mas ainda não sabemos como tudo isso acontece."

O pesquisador salienta que outros fatores, como estilo de vida, tabagismo, consumo de álcool, exercícios físicos, histórico familiar e se você " exercita" ou não seu cérebro também afetam o processo de envelhecimento do cérebro. Concussões podem ser apenas um pequeno fator.

Para começar a entender como as concussões podem afetar a atividade do cérebro e de suas vias de sinalização, os pesquisadores pediram aos participantes para executar determinadas tarefas na frente de um computador, e registraram imagens de seus cérebros. Os cérebros do grupo sem histórico de concussão apresentaram maior área de ativação elétrica do que os participantes com histórico de lesão cerebral.

As vias de sinalização do cérebro são análogas a uma auto-estrada de cinco pistas. Em uma rodovia nova, o tráfego corre rapidamente e sem problemas já que as pistas estão em forma. No entanto, durante o envelhecimento normal, o asfalto se deteriora e as pistas podem se tornar instáveis ou mesmo inutilizáveis. O tráfego diminui.

Da mesma forma, no início da vida o cérebro começa com todas as vias prontas para transferir os sinais elétricos rapidamente. À medida que envelhecemos, os caminhos do cérebro se deterioram e não podem mais transferir a informação tão rapidamente. Concussões e outros impactos na cabeça podem resultar em um "buraco" na rodovia do cérebro, causando diferentes graus de danos e acelerando a deterioração natural.

"O que não sabemos é, se você tiver uma única concussão na escola, significará que você vai ter demência aos 50 anos?", diz Broglio. "Clinicamente, não vemos isso. O que pensamos é que se trata de uma dose resposta.

"Então, se você jogou futebol e sofreu alguns impactos na cabeça e talvez uma concussão, então você pode ter um pequeno risco. Se você passou a jogar na faculdade e tomou mais boladas na cabeça e sofreu mais duas concussões, provavelmente está em um risco pouco maior. Então, se você passou a jogar profissionalmente há alguns anos e recebeu mais impactos na cabeça, então está em maior risco ainda. Acreditamos que é um efeito cumulativo."

Na próxima fase do estudo, os pesquisadores vão olhar para as pessoas com 20, 40 e 60 anos que tiveram ou não abalos durante a prática desportiva do ensino médio. Eles esperam saber se existe um efeito crescente de concussão com o avanço da idade.

Fonte isaude.net

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