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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Estresse em baixos níveis também pode aumentar risco de ataque cardíaco e AVC

Pesquisa afirma que sintomas iniciais de ansiedade podem elevar chances em 20%

Mesmo pessoas que apresentam sintomas iniciais de estresse, ansiedade e depressão correm mais risco de sofrer derrames e ataques cardíacos. É o que afirmam estudiosos do da Universidade de Edimburgo, na Escócia. Os resultados foram publicados no British Medical Journal.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 68 mil pessoas com 35 anos em média, todas participantes de uma Pesquisa em Saúde para a Inglaterra. Foram calculados os níveis de estresse e ansiedade de todos os participantes e, durante dez anos, os autores relacionaram essas taxas com todas as causas de mortes que acometeram integrantes do grupo, como doenças cardíacas, câncer e fatores externos.

Após analisar os resultados, os estudiosos concluíram que as pessoas que apresentavam sintomas de estresse, ansiedade e depressão em níveis mais baixos eram cerca de 20% mais propensas a morrer em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral, também chamado de AVE) ou ataque cardíaco. Aquelas que já tinham sintomas graves de estresse e ansiedade corriam até o dobro do risco.

Segundo os pesquisadores, esses resultados mostram que até mesmo as pessoas com sintomas iniciais, que provavelmente ainda não descobriram a doença e não estão fazendo tratamento médico, correm riscos. No entanto, eles afirmam que ainda não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito entre problemas psicológicos e ataques cardíacos.

Invista nessa rotina e afaste o estresse
De acordo com o psicólogo Lucio Novais, clínico do Centro Psicológico de Controle do Estresse e diretor da Associação Brasileira de Estresse, o estresse é uma reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais, que ocorre quando surge a necessidade de uma adaptação a um evento ou situação de grande relevância. Mesmo que isso pareça um bicho de sete cabeças, é muito fácil fugir do estresse comum do dia a dia - basta adotar alguns simples hábitos.

Na hora do estresse, pense positivo!
O pior que se pode fazer em um momento de estresse é tentar ignorá-lo. O psicólogo Lucio Novais recomenda pensar em algo que o acalme. "Esses pensamentos já devem ser planejados anteriormente, para que a pessoa possa utilizá-los sem ter que ficar procurando o que pensar", afirma. Diga para si mesmo coisas como "se conseguir mudar meus pensamentos e relaxar, começarei a me sentir melhor" ou "eu posso controlar meu estresse".

Trânsito mais tranquilo
Para quem sofre com o estresse no trânsito, o melhor é fazer exercícios de respiração profunda e alongamentos leves sempre que o carro estiver parado ou aproveitar o tempo para ouvir áudio-livros, suas músicas favoritas ou exercitar um idioma.

Durante o trabalho
De acordo com o psicólogo, se algo o incomoda, procure falar sobre o assunto de uma maneira calma e assertiva. Não assuma mais responsabilidades do que pode dar conta, aprenda a dizer "não" e entenda que todo problema tem fim, pois nada ruim dura para sempre. No trabalho, você também pode investir em ginástica laboral para relaxar.

Hora do almoço
Fazer uma caminhada até o restaurante para almoçar, além de ser benéfico para a saúde, contribui para a diminuição do estresse. Além disso, quando você toma sol, ocorre a liberação de alguns hormônios, como cortisol, que contribui para o alívio do estresse e da ansiedade.

Final do dia
Para não sofrer os efeitos das situações estressantes do dia inteiro, acumuladas no fim do dia, o ideal é se ocupar: vá ao cinema, teatro ou shopping e visite ou receba os amigos em casa. "Essas situações contribuem para combater o estresse, que, inclusive, pode refletir na família", conta o psicólogo Lucio Novais. Além disso, procure ver a família como um refúgio, em vez de um lugar para descontar os problemas.

Hora de dormir
Ao deitar na cama para dormir, é vital: evitar luzes acesas e barulhos que alternem entre altos e baixos, como o da televisão; manter a temperatura do quarto estável; escolher um travesseiro que tenha entre cinco e 10 centímetros de altura, de forma que a coluna fique reta ao deitar; ter um colchão confortável; evitar dormir com animais de estimação e não usar produtos ou materiais sintéticos em mobília e roupa de cama.

Fonte Minha Vida

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