Foto: UNC Lineberger Comprehensive Cancer Center Charles Perou (ao centro), autor sênior do estudo |
Modelos de ratos geneticamente modificados (GEMM) permitem aos cientistas estudar o câncer imitando de forma mais natural o desenvolvimento de tumores no complexo ambiente do corpo humano.
Na Universidade da Carolina do Norte (UNC), pesquisadores usaram os GEMMs para desenvolver biomarcadores para subtipos moleculares de câncer de mama humano que ainda têm poucas terapias disponíveis para tratamento. Os subtipos moleculares utilizados no estudo foram o basal-like, luminal B, e claudin-baixo. Estes são os tipos mais difíceis de câncer de mama porque são os tumores que normalmente não respondem à medicamentos como inibidores de aromatase ou Herceptin, afirmam os pesquisadores.
A equipe UNC descobriu que os GEMMs foram capazes de prever com precisão a resposta humana a uma combinação de drogas de quimioterapia padrão comumente utilizada na clínica médica.
Charles Perou, autor do estudo, afirmou que a pesquisa é um exemplo de como modelos de ratos podem ajudar a entender o desenvolvimento das doenças em humanos. Neste caso, usamos anos de pesquisa para combinar os modelos de subtipos humanos específicos, e, em seguida, tratar os animais com terapias idênticas às que os pacientes com câncer vão receber. No final, foi possível desenvolver um biomarcador da resposta do tratamento conseguida no rato que funciona em seres humanos".
A pesquisa testou agentes únicos como carboplatina, paclitaxel, erlotinib e lapatinib. Embora um agente único tenha apresentado eficácia excepcional, outros agentes únicos ofereceram resultados mais modestos. Foi identificado, ainda, um par de assinaturas de expressão gênica que permitiu prever a resposta patológica completa à quimioterapia com antraciclinas (doxorrubicina) / taxanos (paclitaxel), terapias utilizadas em pacientes humanos com câncer de mama.
O estudo foi realizado com ratos sem sistemas imunitários e enxertados com tumores humanos e linhas celulares. Os resultados foram publicados na revista Clinical Cancer Research.
Fonte isaude.net
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