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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

M-Health: disponibilidade e legislação ainda são entraves

Debate na Futurecom 2012 discutiu, ainda, a possibilidade de melhorar tratamento dos pacientes a partir do uso da tecnologia, ainda que o médico seja o único a tomar a decisão final
 
Quais os desafios para levar o atendimento de saúde para os locais mais remotos do País? Que papel a mobilidade poderia desempenhar? O setor de saúde tem encarado um problema bastante complexo nos últimos tempos, pois tem visto a tecnologia como principal aliada para expandir as capacidades de tratamento e acompanhamento de pacientes, mas, ao mesmo tempo, não sabe como efetivar os processos e procedimentos para um formato mais flexível dentro do ambiente hospitalar bastante conservador.
 
O assunto esteve em foco no painel “M-Health: A Revolução das Aplicações Móveis na Saúde”, realizado no primeiro dia Futurecom 2012, que, neste ano, acontece no Rio de Janeiro. Durante o debate, os participantes levantaram pontos essenciais quanto aos benefícios que a adoção do conceito de mobile health poderia trazer para a indústria de saúde.
 
Veja os três maiores:
 
Tratamento de pacientes crônicos
Monitorar as condições dos pacientes, sobretudo, num momento onde a população está ficando mais velha, se torna algo essencial para a indústria de saúde. E esta área pode ser onde a mobilidade mais traga benefício dentro do segmento de saúde. “O alto consumo de smartphones e tablets pode alavancar o M-Health, pois podemos realizar a gestão do paciente em seu próprio equipamento”, nota Paulo Lopes, conselheiro para a Sociedade da Informação e Mídia da Delegação da União Europeia no Brasil.
 
Com o envelhecimento da população, a tecnologia pode ser um aliado importante na melhora da eficiência ao atendimento e na redução de custos. “Em vez de investir em processos antigos, em mais papel, por assim dizer, use esse dinheiro para levar qualidade aos diferentes contatos de saúde que TI pode proporcionar”, complementa o conselheiro.
 
Telemedicina
Permitir ações médicas à distância é, certamente, algo interessante ao setor de saúde. De um lado, pode ajudar na busca por novos clientes, por outro, melhorar e ampliar o acompanhamento de diversos casos. “A telemedicina é a melhor e mais viável forma para fazer o atendimento com qualidade em locais remotos”, endossa Alexandre Quinze, diretor de TI da Philips América Latina. “O desafio de colocar em prática é a legislação, tributação, infraestrutura de telecomunicação, pontos bem inerentes a diversos segmentos de mercado.”
 
Carlos Kokron, diretor executivo da Qualcomm Ventures para América Latina, ressalta que a disponibilidade e instabilidade das redes de telecomunicações “ainda é a questão mais crítica”, pois a telemedicina é “quase totalmente dependente da conexão e disponibilidade de banda larga”.
 
Todos concordaram, entretanto, que se tornou necessário usar as ferramentas já disponíveis para intensificar a troca de informações, sem esquecer a segurança das informações e as legislações brasileiras. “Num projeto de prontuário eletrônico, por exemplo, você nunca vai deixar de usar papel se não implantar a certificação digital. Tem que estar atento”, observa Kokron.
 
Desafogar hospitais
Uma vez que os pacientes podem estar em suas casas com um monitoramento de qualidade por parte dos médicos, automaticamente, a tendência é que os hospitais fiquem menos tumultuados. “São muitas vidas para cuidar e, infelizmente, não podemos dizer que atendemos a todos os casos. Com uma infraestrutura de M-Health em ordem, conseguimos expandir o perímetro para cuidado o dos pacientes e, dentro do hospital, cuidaremos de urgências ou de enfermos que, de fato, precisam estar sob observação médica constante”, afirma Heitor Gottberg, executivo da Cisco Brasil especializado no setor de saúde.
 
Apesar de diversos pontos trazerem o velho tema do casamento entre TI e áreas médias, Kaio Jia Bin, CIO do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), afirma que o fator primordial para o sucesso de qualquer trabalho conjunto entre TI e saúde é ter plena consciência de que a relação médico e paciente é insubstituível. “A tecnologia móvel viabiliza os processos”, diz Bin, “é só um meio para otimizar esse contato, mas o olho no olho é importante e deve ser praticado sempre que necessário”.
 
Fonte SaudeWeb

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