Dores quase insuportáveis fazem ministro Joaquim Barbosa acompanhar julgamento do mensalão em pé Agência Brasil |
Foi preciso tentar uma posição diferente, depois uma cadeira especial, uma almofada térmica para aquecer e relaxar os músculos e, por fim, e sem solução, ficar em pé. A inquietude apresentada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa tem por trás dores quase insuportáveis causadas por uma doença da qual pouco se fala: a sacroileíte.
A doença que atrapalhou o ministro durante o julgamento do mensalão e o fez sustentar boa parte de seus votos de pé — enquanto os outros magistrados o fazem sentados — ocorre por causa de uma inflamação das articulações sacroilíacas, ou seja, aquelas que conectam a parte inferior da coluna com a pélvis (quadril). Quem sofre da Patologia, explica o ortopedista Dr. Luiz Eduardo Munhoz da Rocha, presidente do Comitê de patologia da Coluna Vertebral, pode sofrer até mesmo com pequenos movimentos que se mostram desconfortáveis e dolorosos.
— Na doença, que pode ter causa inflamatória de origem imunológica, o organismo vai produzindo um anticorpo contra a cartilagem de uma determinada junta.
A sacroileíte pode ter também outras causas como reumatismo, trauma, artrite, sobrecargas na coluna vertebral ou mesmo processos infecciosos. O especialista acrescentou à lista ainda problemas de ordem congênita, como a alteração de partes do código genético que podem propiciar o desenvolvimento.
Incidência
A doença atinge mais homens do que mulheres e tem mais chances de ocorrer conforme a idade avança. Os pacientes chegam ao diagnóstico porque, em geral, sentem muita dor na lombar, que pode se estender para coxa e panturrilhas, além da sensação de rigidez na coluna.
O mal que fez o ministro do Supremo abandonar o futebol, um de seus hobbies favoritos, é tratado em diversas frentes. Além da indicação para a prática de esportes de baixo impacto (como natação e hidroginástica) e fisioterapia, recorre-se também ao uso de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios.
A cura depende de cada caso, explicou o especialista. Em alguns, a doença pode ser tratada com medicações que podem mudar o curso natural e levar a um nível de remissão, que é quando a doença regride completamente a ponto de ficar sem sintomas.
Fonte R7
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