Pesquisadores alertam que sinais precoces da doença podem ajudar na obtenção de tratamentos mais eficazes
Alguns vestígios do mal de Alzheimer têm sido encontrados em jovens — alguns acima de 20 anos de idade— antes mesmo de os sintomas aparecer, revela um novo estudo.
A investigação foi feita em um grupo de jovens no qual 30% deles apresentaram mutação de um gene chamado presenilina 1 (PSEN1), o que os torna mais propensos a desenvolver o Alzheimer precocemente, segundo o site do jornal Daily Mail.
Embora a forma hereditária do Alzheimer seja rara, os pesquisadores alertam que essa é a melhor hora para analisar tais sinais precoces, a fim de obter resultados avançados e eficazes na prevenção da doença.
Em um novo estudo, publicado na revista Lancet Neurology, os pesquisadores realizaram exames de sangue, cerebrais e uma análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) em 44 adultos entre 18 e 26 anos.
Os resultados mostraram que 20% dos participantes tinham a mutação PSEN1 enquanto 24% não são portadores do gene.
No entanto, eles descobriram diferenças notáveis na estrutura e função cerebral entre os dois grupos: os portadores da mutação apresentaram uma maior atividade em regiões do cérebro chamada hipocampo — que envolve a memória — e a parahipocampus — massa cinzenta em certas áreas do cérebro.
Além disso, os resultados também mostraram que os pacientes com essa mutação têm níveis mais elevados da proteína chamada beta-amiloide — envolvida na deposição de placas amiloides no cérebro, identificado como biomarcador-chave do Alzheimer, presente em jovens de 10 a 15 anos antes da manifestação clínica.
O médico Eric Reiman, do Banner Alzheimer's Institute, nos Estados Unidos, explica que essas novas questões sobre as primeiras mudanças cerebrais que envolvem a predisposição à doença do Alzheimer podem servir de alvo para terapias de prevenção no futuro.
Fonte R7
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