Durante quatro anos, a entidade se preparou para receber o selo e, para isso, realizou grandes mudanças e adequações em estrutura, processos, protocolos e gestão de pessoas. Confira os detalhes
O Hospital Santa Joana, de Recife, obteve acreditação Internacional da Joint Comission International (JCI). A instituição elegeu dois pilares rumo ao reconhecimento: a segurança do paciente e a qualidade do atendimento hospitalar. Atualmente, apenas 22 hospitais do Brasil detém a JCI.
Entre eles estão os dois hospitais do Grupo Fernandes Vieira, Santa Joana e Memorial São José, únicos do Norte e Nordeste acreditados pela instituição norte-americana. “O alinhamento da tecnologia com recursos humanos capacitados, tem como resultado o mais alto nível internacional em medicina hospitalar. O certificado da Joint Comission International para a nossa cidade e a nossa região é uma proeza que se compara a conquista de um prêmio que poucos conseguem alcançar”, afirma, em comunicado, o diretor-presidente do Hospital Santa Joana e presidente do Grupo Fernandes Vieira, Eustácio Vieira.
Grandes mudanças e adequações em estrutura, processos, protocolos e gestão de pessoas foram realizadas para receber o selo. A entidade destaca as novas políticas do prontuário, o fortalecimento da Gestão de Risco e o investimento em equipamentos e na modernização das instalações físicas. No prontuário, por exemplo, as informações ficaram mais detalhadas e abrangentes.
O documento também foi reforçado no que diz respeito ao acompanhamento da equipe assistencial multidisciplinar, como fisioterapia, farmácia e nutrição.
Para acompanhar e monitorar o preenchimento correto do prontuário, o HSJ criou o Serviço de Arquivamento Médico e Estatística – SAME. “O JCI destaca no manual internacional da acreditação 61 itens que devem ser criteriosamente avaliados no prontuário médico, cujas subdivisões somam em média mil tópicos”, informa a diretora executiva do Santa Joana, Juliana Vieira Maranhão.
“Tudo o que os médicos prescrevem no que se refere a medicamentos, por exemplo, precisa ser controlado pelos farmacêuticos, que se revezam vinte e quatro horas por dia. Essa foi outra mudança que contribuiu para a adequação dos padrões da acreditação”, enfatiza Juliana.
Em 2010, o Santa Joana começou a trabalhar com a Gestão de Risco, ampliando e fortalecendo protocolos, que antes eram direcionados de maneira mais forte para o controle de infecção hospitalar. Dois novos pilares foram adotados: o ambiental e o assistencial. O objetivo é garantir a maior segurança aos colaboradores, pacientes e visitantes, minimizando os efeitos dos riscos e reduzindo os danos pessoais, materiais, de segurança ou ambientais.
Investimentos
Durante quatro anos de preparação para receber o selo JCI foram realizados investimentos em infraestrutura, na compra de novos equipamentos e na qualificação da equipe, que somaram cerca de R$ 12 milhões. No total, mais de 200 funcionários foram contratados para atuar nas áreas médica, de farmácia, fisioterapia e enfermagem.
Um andar inteiro, com 750 m², foi construído para abrigar o novo Centro de Terapia Intensiva (CTI). A área da farmácia foi ampliada e reestruturada. Um novo prédio foi construído, a Unidade Clínico-Cirúrgica, baseada em modernos conceitos de arquitetura e hotelaria hospitalar.
Para atender a alta demanda de procedimentos na Instituição, foi construído um novo Centro de Materiais e Esterilização (CME), com sistema de rastreamento eletrônico de medicamentos, que permite o controle da medicação, do momento em que ela entra na farmácia até ser aplicada no paciente.
Chegando ao hospital, o paciente recebe uma pulseira contendo um código de barras, seu nome e o número do prontuário (SAME), que armazena todos os atendimentos realizados. A pulseira é para garantir a segurança de que todo e qualquer procedimento, será conferido antes de ser aplicado no paciente, seja medição, alimentação, exames ou procedimentos cirúrgicos e invasivos.
Além disso, o HSJ reforçou sua cultura de prevenção de acidentes, com a criação da brigada de incêndio, implantação de rotas de fugas e treinamentos para atuar diante de situações de calamidades e catástrofes. Rondas e auditorias de qualidade e processos foram implementadas para que os profissionais possam identificar, com antecedência, possíveis falhas nos processos.
Fundado em 1979, o hospital foi pioneiro na implantação do conceito de hospital aberto, que recebe médicos que não fazem parte da equipe da instituição, e da criação da comissão de controle de infecção hospitalar.
Fonte SaudeWeb
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