Homens que fazem sexo com menos frequência apresentam maior risco de doença
cardiovascular, segundo estudo publicado em 2010 no American Journal of
Cardiology.
Acompanhando, por 16 anos, mais de mil homens com média de
idade de 50 anos e sem histórico de doença cardiovascular no início do estudo,
pesquisadores americanos descobriram que, comparados àqueles que disseram fazer
sexo de duas a três vezes por semana, os voluntários que tinham relações sexuais
apenas uma vez por mês ou menos tinham 45% maior risco de doença cardiovascular
no período.
De acordo com os autores, esses resultados ocorriam também
considerando fatores como idade e disfunção erétil – no princípio da pesquisa,
213 participantes apresentavam a impotência sexual. “Nossos resultados sugerem
que uma baixa frequência de atividade sexual prediz (doença
cardiovascular) independentemente de disfunção erétil, e que a triagem para
atividade sexual pode ser clinicamente útil”, ressaltaram os autores na
publicação.
Os pesquisadores avaliaram também o papel do desejo sexual e a
capacidade para atividade sexual como possíveis fatores de risco cardíaco. E
observaram que “homens que são sexualmente ativos provavelmente têm libido e
capacidade para atividades físicas; então, a capacidade de fazer sexo poderia
ser um marcador de saúde geral”. Além disso, a pesquisadora Susan Hall destaca
que aqueles com atividade sexual regular têm maior probabilidade de estar em um
relacionamento íntimo com um parceiro regular, o que poderia melhorar a saúde
através do apoio social e da redução do estresse.
Baseados nos resultados, os especialistas apontam que os
médicos podem ter pistas sobre a condição cardiovascular de um paciente
perguntando a ele questões sobre sua vida sexual. “A mensagem para os homens é
que a saúde sexual pode predizer a saúde cardiovascular, e os homens devem se
consultar com seu médico se experimentarem disfunção erétil ou dificuldades
sexuais”, concluiu a especialista.
Fonte: American Journal of Cardiology. 15 de janeiro de
2010.
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