Brasília - O Ministério da Saúde alerta que as notificações de acidentes com
animais peçonhentos cresceram 157% na última década. Em 2011, foram mais de 139
mil ocorrências com 293 mortes.
Entre os meses de novembro e março,
esse tipo de acidente aumenta tanto na zona rural como nas cidades. De acordo
com o ministério, são inúmeras as causas, entre elas as chuvas que levam os
animais a sair dos esconderijos e tocas, como escorpiões, aranhas e serpentes, e
ainda coincide com o período reprodutivo de alguns deles. O desequilíbrio
ecológico é outro motivo para o deslocamento dos animais para dentro das casas,
em busca de local seco e comida.
Nesse período, o aumento de
atividades nas lavouras acaba elevando o risco de contato e acidentes com
cobras, por exemplo.
A Região Nordeste lidera os
acidentes com escorpiões no país, superando 30 mil casos em 2011. O estado com o
maior número foi a Bahia, com quase 10.500 casos. A Região Sul concentra os
casos envolvendo aranhas - foram 18.052 registros no ano passado. O Paraná
contabilizou 9.326 casos. As regiões Norte e Centro-Oeste têm o maior número de
acidentes com serpentes: 9.329 e 3.326 casos, respectivamente.
Para evitar acidentes com escorpiões e aranhas, o ministério orienta que as
pessoas devem usar calçados e luvas nas atividades no campo e de jardinagem;
examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; vedar
frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; usar telas, vedantes
ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; preservar predadores naturais como
seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios em uma
faixa de pelo menos um a dois metros de proximidade ao muro ou cercas.
No caso de serpentes, a recomendação é não andar descalço na zona rural e nem
em jardins; utilizar sempre sapados fechados com perneiras ou botas de cano
longo, além de luvas de couro, e nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na
terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha
ou entre pedras. Outro cuidado é controlar o número de roedores existentes na
área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam. No
amanhecer e no entardecer, evitar ficar próximo da vegetação rasteira ao chão,
gramados ou até mesmo jardins, pois é quando as serpentes estão em maior
atividade.
Para evitar acidentes com lagartas, o alerta é observar bem ambientes
silvestres - troncos, folhas, gravetos - sempre que for executar alguma
atividade, além do uso de luvas.
Abelhas e marimbondos são atraídos
por sons, odores e cores, como barulhos de motores de aparelhos de jardinagem e
de motores de popa. A recomendação é que, no campo, o trabalhador fique atento à
presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores. As
retiradas de colmeias devem ser feitas, preferencialmente à noite ou ao
entardecer, momento em que os insetos estão calmos, com uso de roupa protetora,
e principalmente por profissional competente.
Fonte Agência Brasil
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