Futuros pais e mães reagem de forma diferente aos conflitos e brigas durante o período de gestação do primeiro filho, especialmente quando eles sofrem de ansiedade ou têm problemas de relacionamento anteriores à gravidez
De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, e publicada no periódico British Journal of Psychology, os homens ficam muito mais estressados do que suas companheiras com as brigas. Já as mulheres grávidas mantêm o mesmo nível de estresse – abaixo da média masculina – independente do quão séria foi o conflito apresentado.
Futuros pais que sofrem com ansiedade também demoram mais para se recuperar de uma discussão após o final dela.
“A hostilidade e pensamentos negativos sobre o relacionamento tem grande impacto sobre a saúde mental e o futuro do bem estar do casal”, explica Mark Feinberg, um dos autores da pesquisa. “Isso é especialmente importante para casais que estão tendo um filho, pois o estresse materno pode impactar a saúde física da criança em um futuro próximo. Já os homens que não conseguem lidar com esse estresse podem, igualmente, afetar o desenvolvimento da criança, pois a relação entre pais e filhos pode ficar impactada também”, diz.
Durante a pesquisa, que analisou os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) na saliva dos participantes durante sessões de aconselhamento de casal – e onde os casais acabavam, muitas vezes, por brigar – e novamente após 20 minutos do final da discussão.
Homens mais sensíveis que as mulheres durante o período da gravidez
Os resultados mostraram que os homens ficavam mais impactados pelo estresse gerado pela discussão e as mulheres grávidas mantinham uma média de níveis de estresse. Esses resultados apontam que a gravidez, naturalmente, eleva os níveis de cortisol no sangue das mulheres, o que as faz mais preparadas para lidar com o estresse e melhora a resposta a um estressor, fazendo com que elas se recuperem mais rapidamente do acontecido.
Mulheres grávidas e com histórico de ansiedade, impressionantemente, se recuperavam ainda mais rapidamente de uma briga entre o casal.
“Homens mais ‘explosivos’ também se recuperavam mais rapidamente. Mas as mulheres com maiores níveis de ansiedade tiveram uma resposta inesperada, tendo respostas muito positivas. Nossa hipótese é que graças a gravidez os conflitos têm impactos menores nelas e discutir ou brigar por causa da relação é mais difícil para elas antes da gestação do que quando elas estão grávidas e o corpo criou mecanismos de proteção contra esse estresse”, sugerem os autores.
“Ao que tudo indica a gravidez também dá a sensação de que mesmo que haja brigas, as mulheres sentem que os companheiros não as abandonarão. E as discussões sobre o relacionamento traz maior alívio do que impactos negativos para essas mulheres”, teoriza Feinberg.
Fonte O que eu tenho
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